Primeira erotogénese
Era a primeira vez que ela entrava no quarto dele. Um quarto discreto, com móveis em tom castanho escuro e uma cama ao centro. A colcha era branca e contrastava com o absoluto negro, que era a cor do ferro em que a cama era feita...
Ele agarrou-a por trás e abraçou-a pela cintura, com os lábios a tocar a parte de trás do seu pescoço. Ela conseguia senti-lo a cheirar profundamente o aroma do seu cabelo. As mãos dele começaram a subir lentamente, a fazer festas ainda por cima da blusa de seda que quase parecia uma segunda pele... até chegar aos seios, onde parou. Agarrou-os docemente, primeiro. Depois, conforme se pôs de lado em relação a ela e a ponta da sua língua começou a lamber o lóbulo da orelha dela, apertou com mais força, procurando o relevo dos mamilos dela, já erectos pela excitação que começava a dominá-la. Ele virou-a bruscamente para ela, e beijou-a furiosamente, as línguas a dançar dentro da boca dela, quase a ameaçar deixá-la sem ar, o olhar dele um misto de desejo e de pura inconsciência. A sua boca largou-a e lançou-se ao pescoço dela, que primeiro afagou com a língua e depois mordeu, apanhando os tendões dela entre os dentes, enviando-lhe arrepios e choques por todo o corpo... Ela agarrou-se a ele e soltou um suspiro. Ele começou a desapertar-lhe a blusa, enquanto ela metia as suas mãos por debaixo da t-shirt dele e lhe cravava as unhas na pele, respondendo às sensações que ele lhe provocava. Quando finalmente ele tirou a camisa, já tinha parado de a morder. De novo a ponta da língua dele estava a acariciar o seu pescoço, mas agora descia já, passando pelo peito, insinuando-se no espaço do decote do soutien. Com as mãos, baixou ambas as alças, que escorregaram pelos braços dela e que o levaram a puxar o soutien para baixo com os dentes... Finalmente ali estavam, desnudos, firmes e suculentos... As mãos dele foram atraídas para aqueles pontos, cada uma delas brincando com um dos mamilos duros, apertando, torcendo um pouco... Depois com a boca, mordendo-os, primeiro com pouca força, e depois com um pouco mais, perto do limite em que o prazer é substituído pela dor... Acabou por desapertar os colchetes do soutien e de o atirar para o chão, indo-se pôr de novo por detrás dela... As mãos pousaram no ventre e começaram a subir, lentamente, até que os seios dela enchiam as mãos dele, e ele os apertava com mais força que o normal...
Ele tirou a t-shirt, deixando o seu magro torso à vista, que ela acariciou... Mas o desejo que o olhar dele transmitia não era um de ternura... empurrou-a de costas contra a cama, fazendo-a deitar-se. Ajoelhou-se por cima dela, e uma das mãos acariciou o joelho dela, subindo depois para a coxa e, por fim, para o sexo, ainda preso dentro das calças justas que ela tinha. As carícias profundas tiveram como efeito o aumento do desejo dela... A respiração acelerada, a forma como, por um momento, os olhos se reviraram... tudo isso apenas deixou uma vontade ainda maior nele de prosseguir, de a tomar para si. Os botões das calças dele deixaram de ser empecilho poucos segundos depois, conforme ela os desabotoou e lhe puxou as calças para baixo, revelando o relevo do seu sexo erecto por debaixo dos boxers. Ele pôs-se de pé para tirar as calças completamente, e ela aproveitou para se sentar, e para fazer deslizar as mãos desde os joelhos dele até ao seu sexo, acariciando-o levemente com a ponta dos dedos, para cima e para baixo... Ele gemeu, mostrando o seu agrado, e agarrou a cabeça dela, levando-a a encostar a cara aos boxers, que ela se apressou a puxar para baixo... O sexo dele estava à vista, entumescido, e ela pegou-lhe com a mão direita, fazendo movimentos lentos para cima e para baixo. Mas ele continuou a pressionar a cabeça dela, dando-lhe a entender o que queria... Relutantemente, ela pôs o falo dele dentro da boca, começando a tornear a sua língua em volta dele, acariciando a sua glande lentamente... Ele recomeçou a gemer, agarrado à cabeça dela, soltando um "que bom..." ocasional, no meio das sensações que o percorriam. O controlo não era algo a que ele estivesse habituado, e sem dar conta o facto de estar a segurar-lhe a cabeça levava já a que estivesse a penetrar a boca dela, com movimentos de entrar e sair rápidos, que a deixavam quase sem possibilidade de fazer o que quer que fosse... Acabou por parar, pois sentia perigosamente perto a tentação de sucumbir ao orgasmo.
Ele despiu-lhe as calças ainda mais depressa do que ela tinha feito a ele, e fê-la deitar-se na cama, pondo-se ao lado dela... Enquanto os seus dentes mordiscavam o pescoço dela e os seus mamilos, os dedos dele começaram a insinuar-se no sexo dela, primeiro acariciando-lhe o clitóris lentamente, com alguma pressão, em movimentos circulares... mas logo desceu um pouco mais e o dedo médio começou a penetrá-la, acariciando a parte superior do interior do seu sexo, com alguma brusquidão... Depois foi o indicador que também entrou dentro dela, enquanto ela se torcia já de prazer, a respiração superficial e o coração acelerado, enquanto os seus movimentos pareciam fazer com que os dedos fossem ainda mais profundamente dentro dela, com ainda mais força... O orgasmo chegou em ondas que não conseguia nem queria controlar, espasmos que lhe arrancaram gemidos surdos, que ele incentivou com sussurros lúbricos aos seus ouvidos, que ainda a arrepiavam e faziam arquejar mais... Mas ele estava já a ficar farto, a ficar ansioso, a querer o seu prazer há tanto tempo negado... Pôs-se em cima dela, agarrando-lhe os pulsos por cima da cabeça, beijando-a da forma violenta de há momentos... deitou-se sobre ela, roçando-se contra o seu corpo. De debaixo do colchão retirou o par de algemas que tinha guardado e algemou-a à cama, ficando livre para poder desfrutar do corpo dela... Pegou nas pernas dela e empurrou-as contra o peito dela, pondo-se depois em posição de a penetrar... um olhar para os olhos dela e o receio semi-estampado neles apenas o incentivou ainda mais, acicatando-lhe o desejo... A penetração foi violenta, brusca e repentina, e ela fechou os olhos com o súbito lampejo de dor, mas em breve os movimentos vigorosos do sexo dele a entrar dentro do seu, rápida e brutalmente, a fizeram esquecer isso... Estava presa, não poderia fazer nada, estava à mercê do que ele quisesse fazer. E ele estava a fazer exactamente o que queria, mas ao mesmo tempo o que ela também gostava... O orgasmo estava de novo a aproximar-se para ambos... as mãos dela já estavam dormentes, e as algemas cravadas profundamente nos pulsos, com a força que fazia. Ao mesmo tempo, ele gemia, bem alto, arremetendo para dentro de ela o seu sexo duro, à beira do orgasmo... Também ela perdia já o controlo, alternando os seus gemidos com pedidos de "fode-me" ditos a meia voz, mas que o faziam prosseguir sem apelo nem agravo, entrando e saindo dentro dela...
Até que a explosão se deu, simultaneamente, nos dois corpos, levando-os ambos a gemer um para o outro, a agarrarem-se furiosamente aos beijos, enquanto o esperma saía de dentro dele para ela, enquanto os estertores do orgasmo fustigavam os corpos de ambos...
<< Home