Depois...
Era já noite... provavelmente 3 da manhã, ou assim. Não sabia porque o quarto era interior e não tinha nenhum relógio à mão.
O corpo dela estava encostado ao meu. Estava calor debaixo dos lençóis todos, e os pontos onde os nosso corpos se encontravam começavam agora a ficar suados de novo. Ao mesmo tempo, estava por ali uma maldita corrente de ar que causava impressão. «Vou acabar por me constipar se continuo assim, bolas!» Mas não me mexi dali. Não a queria acordar. Pensei bem naquilo, mas mesmo com muita concentração: «Fogo, mas afinal o que é isto?! O cliché diz que é o gajo que adormece, não a gaja! O mais engraçado são aquelas descrições super-românticas que aparecem nos livros e nos filmes, como se depois de tudo, ainda houvesse paciência para aquelas coisas todas...!» Resmunguei para mim mesmo algo incompreensível e olhei para a cara dela, que estava virada para mim. Não tinha aquele ar de quem está a dormir em paz e tranquilidade. Tinha uma cara perturbada. Já não me importei se ela acordava ou não... Desentrelacei as minhas pernas das dela, levantei-me e vesti as calças de luz apagada.
Mais uma. Mais uma pessoa que me tinha lançado nas ardentes fornalhas da indecisão, do medo, da insegurança total e completa, mesmo depois de se ter entregue a mim com o que me pareceu uma paixão e um desejo insaciáveis. Odiei-a. Odiei ter fornicado com ela. E, no entanto, não consegui deixar de adorar e de contemplar já com saudade o momento específico em que o orgasmo me fez libertar para dentro dela jacto após jacto de um líquido branco, de semente da vida. Era só o momento mágico em que conseguia sair de mim, sair do meu corpo, sair de toda a consciência, que eu queria. O resto... era quase nojenta a forma como todos aqueles líquidos se misturavam e nos tocavam a pele... A saliva ressequida nos cantos da boca a formar pequenos grânulos brancos, o cheiro intenso e penetrante que ainda estava nos dedos que tinha posto dentro dela! Como tudo aquilo me dava a volta ao estômago, agora que tinha terminado!
Devia haver uma máquina que providenciasse orgasmos instantâneos, explosivos e limpos! Com relógio, para eu saber sempre que horas são e não me atrasar. Espero que a minha mulher tenha feito serão no trabalho...
O corpo dela estava encostado ao meu. Estava calor debaixo dos lençóis todos, e os pontos onde os nosso corpos se encontravam começavam agora a ficar suados de novo. Ao mesmo tempo, estava por ali uma maldita corrente de ar que causava impressão. «Vou acabar por me constipar se continuo assim, bolas!» Mas não me mexi dali. Não a queria acordar. Pensei bem naquilo, mas mesmo com muita concentração: «Fogo, mas afinal o que é isto?! O cliché diz que é o gajo que adormece, não a gaja! O mais engraçado são aquelas descrições super-românticas que aparecem nos livros e nos filmes, como se depois de tudo, ainda houvesse paciência para aquelas coisas todas...!» Resmunguei para mim mesmo algo incompreensível e olhei para a cara dela, que estava virada para mim. Não tinha aquele ar de quem está a dormir em paz e tranquilidade. Tinha uma cara perturbada. Já não me importei se ela acordava ou não... Desentrelacei as minhas pernas das dela, levantei-me e vesti as calças de luz apagada.
Mais uma. Mais uma pessoa que me tinha lançado nas ardentes fornalhas da indecisão, do medo, da insegurança total e completa, mesmo depois de se ter entregue a mim com o que me pareceu uma paixão e um desejo insaciáveis. Odiei-a. Odiei ter fornicado com ela. E, no entanto, não consegui deixar de adorar e de contemplar já com saudade o momento específico em que o orgasmo me fez libertar para dentro dela jacto após jacto de um líquido branco, de semente da vida. Era só o momento mágico em que conseguia sair de mim, sair do meu corpo, sair de toda a consciência, que eu queria. O resto... era quase nojenta a forma como todos aqueles líquidos se misturavam e nos tocavam a pele... A saliva ressequida nos cantos da boca a formar pequenos grânulos brancos, o cheiro intenso e penetrante que ainda estava nos dedos que tinha posto dentro dela! Como tudo aquilo me dava a volta ao estômago, agora que tinha terminado!
Devia haver uma máquina que providenciasse orgasmos instantâneos, explosivos e limpos! Com relógio, para eu saber sempre que horas são e não me atrasar. Espero que a minha mulher tenha feito serão no trabalho...
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